A empresa de biotecnologia Converde, SA, inaugurou em Cantanhede a primeira unidade industrial de produção de um novo fungicida biológico, a partir do processamento da semente de tremoço através de métodos inovadores. Trata-se de um investimento de 30 milhões de euros num projeto pioneiro a nível mundial e que foi desenvolvido integralmente por investigadores portugueses, iniciando-se agora a fase de produção industrial, que atingirá os 100 postos de trabalho quando a empresa chegar a velocidade cruzeiro. A inauguração foi em 18 de janeiro, com a presença do Secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e do presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, João Pais de Moura, que tiveram como anfitriões o presidente do Conselho de Administração da Converde, SA, José Romão de Sousa, e os administradores Mário Pinto e Sara Monteiro. Para o Secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional o investimento da Converde é «uma boa notícia para a economia do país e da região, uma demonstração de que há razões para acreditar no potencial nacional e no nosso futuro. Ideias inovadoras, como esta, contribuem para reindustrializar o país, aumentar as exportações e recolocar a economia numa rota de crescimento». Almeida Henriques saudou ainda «o papel do município de Cantanhede no acolhimento deste investimento, em boas condições de localização e funcionamento». Para este membro do Governo, «há, mais do que nunca, um papel dos territórios e dos municípios na atração, incubação e ativação dos investimentos produtivos e Cantanhede reforça o seu pulmão económico inovador com esta indústria, vizinha daquela que é já hoje uma referência nacional da economia baseada na inovação: o Biocant». Visivelmente satisfeito estava o presidente da Câmara de Cantanhede, que se congratulou com o facto de ficar localizada em Cantanhede «uma unidade industrial para processar um produto completamente inovador e de alto valor acrescentado. Este é um projeto absolutamente exemplar sob muitos pontos de vista, este é o tipo de industrialização de que o país precisa, a exploração económica e rentabilização do conhecimento produzido nas universidades e centros de investigação nacionais, com suporte financeiro de investidores nacionais com visão de futuro». Segundo João Moura, «o Biocant Park foi o fator determinante para a decisão da Converde em instalar aqui a sua unidade de produção do fungicida biológico, pois encontrou no Parque de Biotecnologia de Portugal excelentes condições para o desenvolvimento de determinadas linhas de investigação, em certos casos com equipamentos únicos no país, o que, para uma empresa que aposta muito em I&D, é essencial tendo em vista o desenvolvimento de novos produtos». O autarca acredita que «este investimento terá um enorme impacto na economia do Concelho e da Região, a vários níveis, a começar pelos 100 postos de trabalho que a empresa terá quando esta primeira fase atingir a velocidade cruzeiro». E conclui: «temos fundadas expetativas de que a Converde avance com a segunda fase do projeto e naturalmente esperamos que outras empresas industriais do campo da biotecnologia venham a instalar-se aqui, pois serão também muito bem acolhidas». Na apresentação dos contornos do investimento, o presidente do Conselho de Administração da Converde, SA, José Romão de Sousa, fez a descrição das principais fases do processo que veio a culminar com a instalação da unidade industrial em Cantanhede. O projeto teve a sua génese numa equipa de investigadores do Instituto Superior de Agronomia, que descobriram a proteína multifuncional existente na semente do tremoço durante a sua fase de germinação, a denominada “blad”, que, conforme veio a confirmar-se, possui uma forte atividade antifúngica contra fungos que atacam diferentes culturas agrícolas. «Depois de alguns anos de testes à escala laboratorial, num longo processo que envolveu a participação de vários consultores internacionais experientes, foram realizados ensaios de campo, principalmente na Flórida e na Califórnia, que incidiram sobre maior variedade de culturas (vinha, tomate, morango, amêndoa, alface, etc.) e um leque alargado de doenças (oídio, botritis ou podridão cinzenta, antracnose, etc), tendo ficado cabalmente confirmada a eficácia do produto», referiu o presidente da Converde, SA. Segundo este responsável, a empresa vai produzir em Cantanhede e «comercializar no mundo inteiro, um novo fungicida natural, orgânico, de eficácia comprovadamente pelo menos igual, e nalguns casos mesmo melhor, que os melhores fungicidas sintéticos atualmente disponíveis no mercado. Vamos começar a vender o produto nesta fase apenas nos Estados Unidos e Canadá». Desde há quase um ano que «está celebrado um contrato de distribuição exclusiva para esses países com a FMC Corporation, uma empresa americana cotada, com vendas de quase 4 mil milhões de dólares e com grande experiência na formulação e comercialização de produtos para a agricultura», adiantou. Quanto ao mercado europeu a comercialização só será iniciada depois de concluído o registo do produto, processo que está um pouco mais atrasado e que não deve ainda estar concluído até ao final deste ano, tal como acontece relativamente a outros países de vários continentes. José Romão de Sousa explicou também que a localização da unidade para produção industrial do fungicida em Cantanhede surgiu na sequência de «diligências do Presidente do Biocant, Professor Carlos Faro, e à excelente recetividade da Câmara Municipal de Cantanhede, na pessoa do seu Presidente, Professor João Pais Moura», adiantando que «em apenas 60 dias foi escolhido o terreno e acordada a compra. Queremos fazer deste projeto um sucesso e um “case-study”, que começa com investigação fundamental na universidade e que evolui para um produto/negócio completamente inovador, de verdadeira descontinuidade tecnológica» sublinhou. As instalações da Converde em Cantanhede estão implantadas numa superfície de 48.000 m2 de terreno, dos quais 17.000 m2 são de área coberta, distribuída por três blocos. A empresa é uma sociedade anónima com 5.000.000 de euros de capitais próprios repartidos por cinco acionistas, um dos quais, a CEV, que detém 80% do capital. Esta empresa foi fundada pelos investidores e promotores do projeto de desenvolvimento e produção do fungicida biológico conjuntamente com alguns investidores e sociedades de capital de risco, designadamente a ES Ventures, SCR, SA, a F. Ramada Investimentos, SGPS, a Change Partners, SCR, SA, e a Promotor, SGPS, SA.
A empresa de biotecnologia Converde, SA, inaugurou em Cantanhede a primeira unidade industrial de produção de um novo fungicida biológico, a partir do processamento da semente de tremoço através de métodos inovadores. Trata-se de um investimento de 30 milhões de euros num projeto pioneiro a nível mundial e que foi desenvolvido integralmente por investigadores portugueses, iniciando-se agora a fase de produção industrial, que atingirá os 100 postos de trabalho quando a empresa chegar a velocidade cruzeiro.
A inauguração foi em 18 de janeiro, com a presença do Secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e do presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, João Pais de Moura, que tiveram como anfitriões o presidente do Conselho de Administração da Converde, SA, José Romão de Sousa, e os administradores Mário Pinto e Sara Monteiro.
Para o Secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional o investimento da Converde é «uma boa notícia para a economia do país e da região, uma demonstração de que há razões para acreditar no potencial nacional e no nosso futuro. Ideias inovadoras, como esta, contribuem para reindustrializar o país, aumentar as exportações e recolocar a economia numa rota de crescimento».
Almeida Henriques saudou ainda «o papel do município de Cantanhede no acolhimento deste investimento, em boas condições de localização e funcionamento». Para este membro do Governo, «há, mais do que nunca, um papel dos territórios e dos municípios na atração, incubação e ativação dos investimentos produtivos e Cantanhede reforça o seu pulmão económico inovador com esta indústria, vizinha daquela que é já hoje uma referência nacional da economia baseada na inovação: o Biocant».
Visivelmente satisfeito estava o presidente da Câmara de Cantanhede, que se congratulou com o facto de ficar localizada em Cantanhede «uma unidade industrial para processar um produto completamente inovador e de alto valor acrescentado. Este é um projeto absolutamente exemplar sob muitos pontos de vista, este é o tipo de industrialização de que o país precisa, a exploração económica e rentabilização do conhecimento produzido nas universidades e centros de investigação nacionais, com suporte financeiro de investidores nacionais com visão de futuro».
Segundo João Moura, «o Biocant Park foi o fator determinante para a decisão da Converde em instalar aqui a sua unidade de produção do fungicida biológico, pois encontrou no Parque de Biotecnologia de Portugal excelentes condições para o desenvolvimento de determinadas linhas de investigação, em certos casos com equipamentos únicos no país, o que, para uma empresa que aposta muito em I&D, é essencial tendo em vista o desenvolvimento de novos produtos».
O autarca acredita que «este investimento terá um enorme impacto na economia do Concelho e da Região, a vários níveis, a começar pelos 100 postos de trabalho que a empresa terá quando esta primeira fase atingir a velocidade cruzeiro». E conclui: «temos fundadas expetativas de que a Converde avance com a segunda fase do projeto e naturalmente esperamos que outras empresas industriais do campo da biotecnologia venham a instalar-se aqui, pois serão também muito bem acolhidas».
Na apresentação dos contornos do investimento, o presidente do Conselho de Administração da Converde, SA, José Romão de Sousa, fez a descrição das principais fases do processo que veio a culminar com a instalação da unidade industrial em Cantanhede. O projeto teve a sua génese numa equipa de investigadores do Instituto Superior de Agronomia, que descobriram a proteína multifuncional existente na semente do tremoço durante a sua fase de germinação, a denominada “blad”, que, conforme veio a confirmar-se, possui uma forte atividade antifúngica contra fungos que atacam diferentes culturas agrícolas. «Depois de alguns anos de testes à escala laboratorial, num longo processo que envolveu a participação de vários consultores internacionais experientes, foram realizados ensaios de campo, principalmente na Flórida e na Califórnia, que incidiram sobre maior variedade de culturas (vinha, tomate, morango, amêndoa, alface, etc.) e um leque alargado de doenças (oídio, botritis ou podridão cinzenta, antracnose, etc), tendo ficado cabalmente confirmada a eficácia do produto», referiu o presidente da Converde, SA.
Segundo este responsável, a empresa vai produzir em Cantanhede e «comercializar no mundo inteiro, um novo fungicida natural, orgânico, de eficácia comprovadamente pelo menos igual, e nalguns casos mesmo melhor, que os melhores fungicidas sintéticos atualmente disponíveis no mercado. Vamos começar a vender o produto nesta fase apenas nos Estados Unidos e Canadá». Desde há quase um ano que «está celebrado um contrato de distribuição exclusiva para esses países com a FMC Corporation, uma empresa americana cotada, com vendas de quase 4 mil milhões de dólares e com grande experiência na formulação e comercialização de produtos para a agricultura», adiantou. Quanto ao mercado europeu a comercialização só será iniciada depois de concluído o registo do produto, processo que está um pouco mais atrasado e que não deve ainda estar concluído até ao final deste ano, tal como acontece relativamente a outros países de vários continentes.
José Romão de Sousa explicou também que a localização da unidade para produção industrial do fungicida em Cantanhede surgiu na sequência de «diligências do Presidente do Biocant, Professor Carlos Faro, e à excelente recetividade da Câmara Municipal de Cantanhede, na pessoa do seu Presidente, Professor João Pais Moura», adiantando que «em apenas 60 dias foi escolhido o terreno e acordada a compra. Queremos fazer deste projeto um sucesso e um “case-study”, que começa com investigação fundamental na universidade e que evolui para um produto/negócio completamente inovador, de verdadeira descontinuidade tecnológica» sublinhou.
As instalações da Converde em Cantanhede estão implantadas numa superfície de 48.000 m2 de terreno, dos quais 17.000 m2 são de área coberta, distribuída por três blocos. A empresa é uma sociedade anónima com 5.000.000 de euros de capitais próprios repartidos por cinco acionistas, um dos quais, a CEV, que detém 80% do capital. Esta empresa foi fundada pelos investidores e promotores do projeto de desenvolvimento e produção do fungicida biológico conjuntamente com alguns investidores e sociedades de capital de risco, designadamente a ES Ventures, SCR, SA, a F. Ramada Investimentos, SGPS, a Change Partners, SCR, SA, e a Promotor, SGPS, SA.