É uma construção setecentista que substituiu uma anterior, certamente da época medieval. A frontaria apresenta sobre uma parede lisa um portal de pilastras jónicas e frontão ondulado com uma legenda e a data de 1785, que corresponderá ao fim da edificação. À direita levanta-se a elegante torre dos sinos com uma cúpula bolbosa.O interior tem uma só nave abobadada e uma capela única na cabeceira. O retábulo é já de linhas neoclássicas, posto que bastante arcaizantes. Inclui alguma imaginária antiga, medieval, trabalho de oficinas locais.No flanco lateral direito do corpo da igreja foi colocada já em meados do século XX uma capela revivalista, de estilo neo-árabe, num tipo excecionalmente raro entre nós. Na parede fronteira foi também aberta uma edícula retabular do mesmo género.Das esculturas existentes destaca-se a do padroeiro do templo, S. Julião, datável ainda do século de trezentos.A imagem do Orago, obra escultórica gótica do século XIV foi atribuída por Virgílio Correia à oficina coimbrã de mestre Pero.