“A Expofacic expressa bem a dinâmica económica da região”

“A Expofacic expressa bem aquilo que é a dinâmica económica deste território, desta região, mas também a dinâmica económica do país”, afirmou o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas, na abertura oficial do certame, em 25 de julho. O representante do Governo disse “conhecer bem o esforço feito pelo Município para erguer, ano após ano, este grande evento em que se vê a confiança das empresas no trabalho que a autarquia desenvolve naquilo que é um bom exemplo de exposição empresarial e em que se vê também a confiança dos agentes económicos na sua capacidade competitiva, bem como a sua confiança na economia nacional”.

A propósito do voto de louvor e reconhecimento atribuído pela Câmara Municipal à AEC – Associação Empresarial de Cantanhede e à ADELO – Associação de Desenvolvimento Local da bairrada e Mondego, Miguel João de Freitas felicitou a presidente da autarquia por “distinguir quem merece ser distinguido pelos benefícios da sua atividade. Reconhecer os empresários deste território, através da sua associação de empresários, e reconhecer uma associação de desenvolvimento local, é um ato que valoriza entidades que fazem, que estão no terreno, que realizam um trabalho muito importante para a comunidade, mas é igualmente um ato que engrandece o Município”.

Por seu lado, a presidente da Câmara Municipal começou por dizer que a inauguração da Expofacic desperta sentimentos que têm algo a ver com a satisfação de ver a família, a família de todos os cantanhedenses, reunida em torno de mais uma grande realização coletiva que coloca Cantanhede no mapa dos mais importantes eventos do país”, enfatizando “a conquista de dois prestigiados prémios, designadamente o Prémio Cinco Estrelas Regiões/2019, e sobretudo o Ibérian Féstival Award, por ter sido eleita pelo público como a Melhor Festividade da Península Ibérica, ao ter vencido numa lista de 10 eventos nomeados, cinco dos quais espanhóis”.

Dirigindo-se diretamente ao Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Helena Teodósio falou do impacto social da nova lei da, alertando para “os riscos decorrentes de exigências que tendem a desmobilizar os pequenos proprietários de investirem na floresta e que, no limite, podem conduzir ao abandono das propriedades. O ordenamento da floresta tem que ser feito com os proprietários, não contra eles, o que equivale a dizer que qualquer legislação não pode deixar de alimentar uma perspetiva de rendimento”, sublinhou.

“Em todo o caso”, afirmou a autarca, “o Município de Cantanhede atuou, e vai continuar a atuar, no sentido de mobilizar os proprietários para a adoção de boas práticas de gestão florestal, incluindo medidas de salvaguarda contra os riscos de incêndios florestais”. E sugeriu que seja feita “uma profunda reflexão a fazer sobre aspetos mais controversos da lei, de modo a serem encontradas soluções que, acautelando as condições para alcançar os objetivos preconizados, sejam de molde a não prejudicarem os pequenos proprietários”.

Helena Teodósio terminou o discurso a dar nota da sua “maior inquietação relativamente à falta do meio aéreo ligeiro previsto para o aeródromo de Cernache no âmbito do dispositivo especial de combate a incêndios rurais de 2019, para fazer a primeira intervenção aos fogos, e que lamentavelmente ainda não se encontra operacional. Esperamos, espero eu e esperam os demais autarcas da região, que esta situação seja urgentemente resolvida, concluiu.