Esta peça conta-nos a história da princesa Beatriz, mimada e insolente, que humilha todos os príncipes pretendentes. Irrita de tal forma o pai, o Rei do Castelo da Abundância, que este jura entregá-la ao primeiro que passar, seja príncipe, músico ou pobre de pedir. E assim sucede logo em seguida: o músico António, que cantava de corte em corte, aparece no Castelo da Abundância e o monarca cumpre o prometido: entrega-lhe a mão da sua filha, fazendo orelhas moucas aos protestos e à revolta da princesa!
Inspirado no texto original de Ilse Losa
Encenação: Cristóvão Carvalheiro
Interpretação: Bruno Alves, Paulo Ribeiro e Teresa Roxo
Cartaz: Ricardo Adrêgo
Duração: 50 minutos
Classificação: M 3
EQUIPA DE TRABALHO AtrapalhArte: 3 atores
A hesitação entre dois universos, representados quer pela presença de dois grupos distintos de personagens, quer pela referência a dois espaços antagónicos - o dos «pobres» e o dos «ricos» - representa a linha temática orientadora desta obra. O texto, muito rico e com várias mensagens importantes sobre relações humanas, foi publicado em 1962 mas continua atual. Aborda a vaidade e a arrogância; são vários personagens que, a brincar, falam de coisas sérias.
“O Príncipe Nabo" conta a história de uma criada atarefada. De uma princesa vaidosa e arrogante que, depois de viver as dificuldades da vida dos pobres, se modificou. De um Rei prepotente, de uma Mademoiselle vaidosa, trocista e convencida que esquece os verdadeiros valores da educação e conduz a sua educanda, a princesa Beatriz, a um comportamento desastroso. Fala de bobos que, a brincar a brincar, vão alertando para os defeitos e qualidades de cada um. Fala de um Príncipe sensato que dá uma lição de vida a quem a merece.
Esta é uma peça interativa em que a autoaprendizagem surge ficcionalizada através dos três tipos de cómico (o de linguagem, o de situação e o de caráter). Aspetos como o recurso a expressões de tonalidade francesa, os nomes dos pretendentes da princesa pretendida e as sucessivas situações de pedido e recusa da sua mão, ou, ainda a presença do Bobo, cuja atuação encerra a peça, contribuem para a construção humorística que caracteriza esta encenação.
Esta obra é recomendada pelo Plano Nacional de Leitura para o 5.º ano de escolaridade.