O processo de desenvolvimento económico de Cantanhede tem vindo a registar, desde há alguns anos, uma evolução apreciável, em função das vantagens comparativas que o Concelho oferece para investimento industrial. Desde logo, a localização geográfica privilegiada, a poucos quilómetros de Coimbra, Figueira da Foz e Aveiro, centralidade que é reforçada pela existência de nós de acesso aos principais corredores rodoviários nacionais: a A1, a Nascente, a A14, a Sul, e a A17, que atravessa toda a zona poente do território. Outras vantagens comparativas são as resultantes do forte investimento municipal no reforço dos fatores de atratividade para instalação de empresas, designadamente a rede interna de estradas de grande qualidade e diversas vias rápidas que garantem grande fluidez de tráfego, bem como as quatro zonas industriais (Cantanhede, Murtede, Tocha e Febres) muito bem dimensionadas e com excelente enquadramento urbano dos lotes. Estas são apenas algumas das vantagens comparativas de que o Concelho de Cantanhede dispõe para atrair investimento industrial, que a Câmara Municipal tem fomentado através da dinamização económica, da valorização das infraestruturas e de outras condições que favorecem a instalação de empresas, o que ajuda a explicar o facto de se terem dado passos decisivos para ultrapassar uma histórica dependência da agricultura, do comércio, dos serviços e de alguma indústria. Em resultado de um processo de expansão económica que a autarquia tem vindo a promover desde há uma década, de acordo com um plano estratégico de desenvolvimento que se tem consubstanciado numa evolução da base produtiva, Cantanhede é hoje amplamente reconhecido como um Concelho voltado para o futuro.
Se com a atracção de investimento industrial foi possível, numa primeira fase, aumentar a oferta de emprego, o nível de desenvolvimento pretendido procura ir muito para além disso. O mais recente objectivo é articular esse investimento com a criação de condições susceptíveis de estimular a fixação de quadros técnicos superiores, desígnio que está na base da criação do Beira Atlântico Parque - Parque Tecnológico e Cultural de Cantanhede, um polo de dinamização empresarial concebido para albergar empresas de acentuada base tecnológica e manifesta vertente ecológica, a partir das quais se pretende fazer entrar o Concelho num ciclo de desenvolvimento ajustado aos desafios que a nova economia já está a colocar.
As áreas preferenciais a atingir são, entre outras, as relacionadas com a nova economia no âmbito das telecomunicações e informática, mas também a biotecnologia, biomédica e químicas finas, ou o desenvolvimento e investigação das actividades tradicionais do Concelho, como a silvicultura, o vinho e vinha e a ourivesaria.