XVII Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede com espetáculos em Ançã, Cadima, Cordinhã e Murtede

No âmbito da 17.ª edição do Ciclo Teatro Amador de Cantanhede mais quatro grupos cénicos sobem ao palco no próximo sábado, 28 de fevereiro, todos com atuações às 21h30. O Grupo de Teatro Amador de Ançã – Novo Rumo estreia-se perante o seu público, no salão do Centro de Dia de Ançã com uma encenação de Dois Maridos em Apuros, e o Grupo de Teatro Amador da União Recreativa de Cadima inicia também a sua participação no certame “em casa”, apresentando no salão da Junta de Freguesia de Cadima As Duas Faces do Amor e O Julgamento. Enquanto isso, as Pequenas Vozes de Febres cumprem a sua jornada de itinerância levando ao salão da Junta de Freguesia de Murtede todo o encanto e a magia do filme da Disney Frozen – O Reino do Gelo, ao mesmo tempo que o Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal apresenta Projeto Industrial de dois Palhaços, Geração de Viúvas e Vamos Cortar na Casaca – Versão 2015 no palco do salão da Associação de Instrução e Recreio de Cordinhã.

A peça do Grupo de Teatro Amador de Ançã – Novo Rumo, Dois Maridos em Apuros, decorre em torno de Mário Ribeiro, figura que, embora casado com Luísa, não resiste ao seu gosto pela boémia. Com o propósito de ir ao Porto, para mais uma noite de aventuras com Anacleto, empregado público e seu fiel amigo, engendra uma artimanha que envolve um triste e sentido funeral, mas o plano não corre como previsto, graças à astuciosa Laura, viúva pela segunda vez e casada com Anacleto, gerando-se uma confusão que parece não ter fim à vista…

O espetáculo do Grupo de Teatro Amador da União Recreativa de Cadima é constituído por As Duas Faces do Amor, um texto original de Odette de Saint-Maurice com ação centrada na questão da influência que o passado possa exercer no futuro dos nossos filhos, e por O Julgamento, adaptação de Maria João Espírito Santo de uma comédia de Sabino Correia sobre “os meandros andrajosos da justiça”.

As três comédias que o Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal vão apresentar na sede da Associação de Instrução e Recreio de Cordinhã foram escritas por Manuel da Silva Barreto, autor local responsável pela maioria dos textos encenados pela secção de teatro da ACDC. Projeto Industrial de dois Palhaços conta a história de dois palhaços desempregados devido à falta de crianças e à falta de dinheiro das famílias para as levar ao circo e que se vêm obrigados a ser empreendedores com um projeto industrial num setor que manifestamente desconhecem. Geração de Viúvas tem a sua ação centrada na tentativa de três mulheres desamparadas pela morte dos maridos — uma jovem, a mãe e a avó — em encontrarem parceiros que de algum modo devolvam a alegria à casa onde vivem conjuntamente, processo que acaba por gerar vários equívocos que no entanto acabam em ambiente de esperançosa felicidade. Finalmente, Vamos Cortar na Casaca – Versão 2015 é uma rábula em que Manuel da Silva Barreto se serve da figura do Zé Povinho e da mulher a debitarem quadras de uma espiritualidade mordaz sobre a atual situação política e social do país.

Pequenas Vozes de Febres vão trazer ao palco do salão da Junta de Freguesia de Murtede todo o encanto e a magia que o filme da Disney “Frozen – O Reino do Gelo” encerra, com a candura e a doçura das pequenas vozes deste grupo vocal. Esta história para além de todo o encanto que envolve as produções da Disney centra as atenções nas relações de amizade e fraternidade, não descurando os escolhos, as agruras, as dificuldades e as privações e provações que somos chamados a ultrapassar até alcançarmos a merecida recompensa da alegria e do amor.

Sobre o Grupo de Teatro Amador da União Recreativa de Cadima
O Grupo de Teatro Amador da União Recreativa de Cadima (URC) nasceu por iniciativa da direção da URC, no ano 2000. Na sequência da informação recebida por esta associação da realização do II Ciclo de Teatro, promovido pela Câmara Municipal de Cantanhede, esta direção decidiu contactar/convidar algumas pessoas com anterior experiência de palco, em Cadima. É dessa forma que o Grupo de Teatro renasce já que, até meados da década de 1980, se ia fazendo algum teatro na coletividade.
Habitualmente, o grupo não recorre a textos próprios. Farsas são o tipo de peça que mais agrada levar à cena. Contudo, e em virtude das dificuldades em encontrar peças deste cariz, cujo conteúdo agrade aos elementos do grupo, tem levado à cena vários dramas, mas também pequenas comédias. É essencial, qualquer que seja o estilo de peça levada à cena, que o texto transmita uma mensagem.
Em 2008, pela dificuldade já mencionada em encontrar peças, o grupo decidiu não integrar o Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, mas não deixou de receber um dos grupos que estava nele inserido. No mesmo ano, e para não parar a atividade, realizou uma “soirée” com declamação e teatralização de vários textos em prosa e poesia.
Para além das atuações no Ciclo de Teatro, o grupo tem aceitado convites para apresentar o seu trabalho por parte de coletividades do Concelho e fora deste, designadamente Cordinhã, Caniceira e Canelas, em Vila Nova de Gaia, com as quais tem partilhado enriquecedoras experiências, contributos relevantes para a própria dinâmica que o grupo tem assumido.
No ano 2006, um grupo de teatro da Escola Pedro Teixeira acompanhou o grupo nas suas atuações com uma peça da sua autoria.

Sobre o Grupo de Teatro Amador de Ançã – “Novo Rumo”
O Grupo de Teatro Amador de Ançã – “Novo Rumo” é um grupo que nasceu da vontade de muitos amantes desta arte cénica, no ano de 1983, a 28 de março. Após um início conturbado, este grupo entrou numa fase de paragem e reflexão.
Em março de 2002, por convite da Junta de Freguesia de Ançã, na pessoa do então Presidente da Junta de Freguesia Dr. Pedro Cardoso, foram convidados todos quantos já haviam participado no referido grupo, no sentido de fazer reiniciar a sua atividade.
Reiniciada a atividade regular, o grupo tem vindo a participar ativamente no Ciclo de Teatro do Concelho de Cantanhede e esporadicamente no Ciclo de Primavera do INATEL, registando enorme acolhimento junto do público que o tem recebido.
O Novo Rumo, apesar de muitos anos de existência, começou do zero. Não existiam peças pertencentes ao grupo, não existia qualquer tipo de material cénico (roupas ou qualquer outro tipo de adereços), não tem um espaço próprio, com disponibilidade e condições de trabalho, para ensaios e apresentações e os fundos são parcos. Apenas existe muito boa vontade, esforço, entusiasmo e paixão de todos os elementos que compõem o grupo.
Porém, porque sempre foi convicção deste grupo que criando melhores condições de trabalho e apresentação de peças, este entusiasmo poderia ser ainda maior, dinamizando o público mais jovem para este tipo de arte, fomos crescendo e adquirindo equipamento que permitisse melhorar cada vez mais o produto final a apresentar ao público.
Neste momento, dispomos de equipamento de som e luz, vocacionado para o nosso trabalho e de excelente qualidade, adquirido com esforço dos elementos, ajuda dos sócios e a comparticipação da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal.
Desde o reinício do Grupo foram já levadas a cena as seguintes peças: Hora de partir, drama; O Gato, comédia; O meu Amor é traiçoeiro, drama; Os trinta botões, comédia; O amor, comédia; Aqui há fantasmas, comédia; O céu da minha rua, farsa; Sonho de uma noite de verão, comédia.
O Grupo de Teatro “Novo Rumo”, num processo de evolução natural, sentiu necessidade de divulgar as artes cénicas e o gosto por esta forma de arte milenar junto de um público mais infantil, por considerar ser este um desafio que apesar de exigente, pode