A presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, deu a conhecer alguns projetos que considera “estruturantes” para o desenvolvimento de Cantanhede, vincando a “dinâmica muito forte” da autarquia em diversos domínios, como a valorização da rede viária, acessibilidades e mobilidade ou a requalificação urbana. Ao intervir na sessão de abertura da Expofacic, cerimónia que contou com a presença do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, a autarca manifestou o desejo de ver Cantanhede integrar o sistema de transportes da Metro Mondego, com a construção de uma linha de ligação à cidade e, posteriormente, à Mealhada.O Município está a encarar esta possibilidade com “especial interesse”, pois permitirá criar “mais um importante circuito do sistema de mobilidade de âmbito regional a partir de Coimbra”.“As vantagens desse circuito são imensas, desde logo ao nível dos movimentos pendulares de e para esta cidade, beneficiando vários núcleos populacionais de algum relevo ao longo do trajeto”, salientou, considerando esta solução “um importante fator de desenvolvimento económico e social”.Helena Teodósio adiantou que estão já preparados alguns “projetos estruturantes” que a autarquia quer concretizar a curto prazo e para os quais será necessário recorrer a apoio financeiro.“Os desafios são cada vez mais exigentes, mas eu tenho uma enorme confiança nas nossas equipas e tenho a certeza de que vão continuar a trabalhar denodadamente para que o Município tire o melhor partido das oportunidades de financiamento que vão surgindo no âmbito dos programas setoriais do PRR e do Portugal 20/30”, referiu.A intervenção que acaba de ser concluída no principal acesso à cidade e sua envolvente, “enquadrada no estudo que marcará uma nova era para Cantanhede segundo uma lógica de sustentabilidade e de economia circular”, prevê também a construção de um auditório nesta zona de um auditório.Outro investimento estruturante para o qual é necessário financiamento é a construção do troço de estrada entre a rotunda da Estrada Nacional 109, a norte da Tocha, e as Berlengas, na zona de acesso à Zona Industrial da Tocha, obra que corresponde à terceira fase da Via Regional Cantanhede/Tocha.A autarca lembrou que o projeto inicial, com mais de 30 anos, foi recentemente revisto e “a sua execução é cada vez mais premente face ao assinalável crescimento da Zona Industrial da Tocha, que assim ficará com um acesso imediato à A17 e à Estrada Nacional 109, além das evidentes vantagens que oferece ao nível da diminuição da circulação viária no centro da Vila da Tocha e do acesso à Praia da Tocha”.“Trata-se um investimento muito significativo, de vários milhões de euros, e sabendo nós que no PRR e no Portugal 20/30 o financiamento da rede viária é muito reduzido ou quase inexistente, não podemos deixar de assinalar que há troços de estrada que deviam ser contemplados”, concluiu.