Cantanhede foi a cidade escolhida para a celebração do Dia da Unidade do Comando Territorial de Coimbra da Guarda Nacional Republicana (GNR). As cerimónias comemorativas decorreram em 4 de junho, sob a presidência do Comandante do Comando de Administração de Recursos Internos da força militar, Major-General Carlos Alberto Baía Afonso, com ações protocolares que começou com o hastear solene da Bandeira Nacional, a formatura em frente ao quartel e a receção às entidades.O Município de Cantanhede esteve representado pelo presidente da Câmara Municipal, João Moura, que acompanhou a alta entidade militar nos atos representativas da identidade da GNR, designadamente a prestação de honras militares, a revista às forças em parada, a imposição de condecorações e a homenagem aos militares falecidos.O programa culminou com um grande desfile das forças em parada na Rua dos Bombeiros Voluntários, com a participação do Estandarte Nacional, Companhia de Infantaria, Destacamento de Intervenção, Pelotão Motorizado, Esquadra de Cavalaria, Charanga a Cavalo e Pelotão Infantil.A abrir as comemorações do Dia da Unidade do Comando Territorial de Coimbra, o Quarteto de Cordas da GNR realizou, em 3 de junho, um concerto nos claustros dos Paços do Concelho de Cantanhede. O espetáculo incidiu na interpretação de peças de Wolfgang Amadeus Mozart, designadamente o Quarteto n.º 3 em Sol Maior, KV 156 e o Quarteto n.º 19 em Dó Maior, KV 465.Constituído por José Frasquilho (1.º violino), Nelson Gomes (2.º violino), Pedro Teixeira (viola) e Carlos Costa (violoncelo), o quarteto de cordas tem a sua origem na Orquestra de Câmara da GNR, inserida na Subunidade Banda de Música e Fanfarra, funcionando na dependência da Unidade de Segurança e Honras de Estado. A sua ação está, essencialmente, direcionada para atividades no âmbito do Protocolo de Estado, podendo também atuar a convite de outras entidades.A GNR em CantanhedeA criação de um Posto da GNR em Cantanhede teve a sua génese em diligências efetuadas pela Câmara Municipal em 1914, tendo sido iniciadas as obras para o seu aquartelamento e casa de residência do comandante logo que houve a comunicação oficial da autorização para a sua instalação. Mas só em janeiro de 1917 chegou uma pequena força constituída por um sargento, um cabo e quatro soldados, que no entanto não permaneceu durante muito tempo.Em junho de 1920 foi novamente instalado o Posto, desta vez com um sargento, um cabo e oito soldados, ato que contou com a presença do então Comandante da Companhia, Capitão João Henriques de Almeida.Decorridos dois anos, em abril de 1922, o número de efetivos foi aumentado com mais dois praças e, em 1925, passou a contar com mais três soldados e um cabo, este a cavalo.Em 1927, o Posto foi de novo extinto, mas a insistente intervenção da Câmara Municipal e das forças vivas do concelho junto das entidades competentes veio a resultar na sua reativação em setembro do mesmo ano, com a vinda de oito soldados, um cabo e um sargento.No ano de 1952, a Câmara Municipal adquiriu ao Dr. Gilberto Veloso da Costa o prédio onde veio a ser construído o quartel da Guarda Nacional Republicana em Cantanhede. Atualmente, o efetivo do Posto Territorial de Cantanhede é constituído por dois sargentos e 25 guardas, funcionado nas instalações do respetivo Destacamento Territorial.O Destacamento Territorial de Cantanhede é atualmente constituído pelos Postos Territoriais de Ançã, Cantanhede, Mira, Praia de Mira e Tocha.