A Câmara Municipal de Cantanhede acaba de aprovar os termos de um protocolo a celebrar com a Administração Regional de Saúde do Centro tendo em vista a cooperação técnica e financeira para a realização das obras de remodelação e valorização do Centro de Saúde. Tal como consta no documento, a autarquia liderada por Helena Teodósio assume a condição de dono da obra e, nessa qualidade, o investimento a efetuar, sendo que o acordo visa obviar a que o Município de Cantanhede possa diligenciar em tempo útil a apresentação de uma candidatura para obtenção de financiamento comunitário no âmbito do PRR - Programa de Recuperação e Resiliência. É certo que, ao ter assinado o auto de aceitação de novas competências na área da saúde, a autarquia passa a ser proprietária do edifício e áreas adjacentes do Centro de Saúde, mas como a transferência dessas competências por parte da Administração Central só se efetiva no próximo dia 1 de março, houve necessidade de formalizar um protocolo com a Administração Regional de Saúde do Centro para que a obra possa ser submetida ao PRR ao abrigo do aviso n.º 16/CO1-i01/2023, cujo prazo de candidatura termina a 31 de janeiro.De resto, o projeto e estudos de especialidade já foram elaborados pela Divisão de Estudos e Projetos, do Departamento de Obras Municipais, estando nesta altura em curso os procedimentos necessários à execução, fiscalização e segurança da empreitada, nomeadamente a abertura do respetivo concurso e a adjudicação, mas também a assunção do processo de certificação energética do edifício e estudos associados e a gestão de toda a operação desde o início até ao encerramento da candidatura.Segundo o que consta no protocolo aprovado pela Câmara Municipal de Cantanhede, à Administração Regional de Saúde do Centro, além da aprovação do projeto, assegurando o cumprimento das normas e recomendações da ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, cabe supervisionar a execução da empreitada e emitir relatórios e recomendações com base nas auditorias e vistorias a realizar.Mas o investimento que o Município de Cantanhede se propõe realizar na requalificação da rede de cuidados de saúde primários não se circunscreve à remodelação e valorização do Centro de Saúde de Cantanhede. Na calha estão intervenções idênticas para as USF (Unidades de Saúde Familiar) de Cadima e Tocha, a primeira das quais com projeto já em elaboração, e nas extensões de saúde de Sepins, esta com projeto concluído, e Ançã, seguindo-se depois, numa segunda fase, as de Murtede e Bolho.Outra obra que vai ser de imediato objeto de uma candidatura no âmbito do aviso n.º 16/CO1-i01/2023 do PRR é a construção da nova Extensão de Saúde de Covões, de modo a ser rapidamente ultrapassada a falta de condições das improvisadas instalações do antigo edifício da Casa do Povo, cuja localização, numa zona urbana de confluência de várias ruas, levanta habitualmente sérias dificuldades de estacionamento.Nesse sentido, o projeto da nova Extensão de Saúde, que a Câmara Municipal pretende ver a funcionar como Unidade de Saúde Familiar, contempla a ampliação de instalações e a construção de um módulo justaposto ao edifício onde funciona a Casa Paroquial, nas imediações da Igreja Paroquial, onde existem outros equipamentos coletivos, designadamente o Pavilhão Desportivo da PRODESCO e a sede da Banda Filarmónica.Também elaborado pela Divisão de Estudos e Projetos, do Departamento de Obras Municipais, o projeto já está concluído e nos próximos dias será formalizado o acordo com a União de Freguesias de Covões e Camarneira que dará à Câmara Municipal o direito de superfície gratuito sobre a parcela onde a nova Extensão de Saúde vai ser edificada, pelo período de 50 anos.