O Executivo Municipal aprovou o Plano Municipal de Ação Climática (PMAC), documento que segue agora para fase de consulta pública, por um período de 10 dias, para recolha de contributos importantes de cidadãos e instituições.Dado os cenários e as projeções climáticas para o futuro, a Câmara Municipal de Cantanhede decidiu avançar com a conceção de medidas e ações destinadas a mitigar os impactos das alterações climáticas, protegendo a qualidade de vida da população e garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações. O PMAC de Cantanhede alinha-se com o Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra e visa responder de forma eficaz aos eventos climáticos extremos, através de adoção de políticas ambientais que conduzam à neutralidade carbónica e à adaptação das vulnerabilidades climáticas atuais e futuras do território.O vice-presidente da Câmara Municipal com o pelouro do Urbanismo, Pedro Cardoso, sublinha “a importância deste plano que prepara o futuro do concelho, num contexto desafiador e que exige uma resposta imediata e eficaz”. “Este plano representa o compromisso e a firmeza inabalável que é hoje e com todos que podemos proteger e preservar a nossa Casa Comum, não apenas no presente, mas também as bases para um futuro sustentável e resiliente para as gerações vindouras”, salienta.O aumento de risco de catástrofe, a ocorrência de incêndios, a redução da disponibilidade de água para abastecimento e rega, assim como doenças associadas à poluição do ar são alguns dos impactos das alterações climáticas.Entre 2009 e 2022, o Município de Cantanhede teve um aumento de 17% no consumo de energia, bem como um acréscimo de 24% no consumo de energia elétrica. A indústria foi o setor responsável pela maior parcela deste consumo.Outro dos problemas é a pobreza energética, que resulta em particular dos baixos rendimentos e da dificuldade em aceder a serviços energéticos eficientes e com qualidade.O Município pretende reduzir as emissões no setor da indústria, agricultura, resíduos, transportes, residencial e serviços.O aumento da produção fotovoltaica para autoconsumo, a substituição da iluminação existente por LED nos edifícios industriais e nas instalações agrícolas, a utilização de biocombustíveis nas indústrias, a redução da produção de resíduos per capita, assim como a diminuição dos consumos derivados de petróleo nos transportes são alguns exemplos de medidas que constam no plano.Criar incentivos à implementação de jardins e coberturas verdes, promover soluções de arrefecimento evaporativo em espaços verdes e públicos abertos, ampliar e monitorizar a rede pública de águas pluviais e melhorar as condições de escoamento de água em zonas críticas, bem como criar áreas verdes municipais, com diversificação de espécies são outras das propostas.É intenção ainda elaborar um plano de divulgação e comunicação do PMAC, com um manual de boas práticas ambientais, a fim de sensibilizar os munícipes para a importância deste tema.O documento estará em breve em consulta pública no site do Município, após o qual será submetido à aprovação pela Assembleia Municipal.