A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, reuniu com investigadores da Universidade de Coimbra para analisar os resultados do trabalho de mestrado de Inês Fura, cuja investigação decorreu no concelho de Cantanhede com apoio dos técnicos do Gabinete Técnico Florestal da autarquia.

Intitulado “Um modelo para a conservação: riachos e lagoas de Febres e Covões”, o estudo foi realizado no âmbito de um protocolo celebrado entre a Universidade de Coimbra e o Município de Cantanhede, tendo como objetivo a identificação dos recursos naturais daquela zona do concelho, processo que produziu resultados da maior relevância para a preservação da biodiversidade.

Estes resultados vão contribuir para a resposta necessária do Estado português à Estratégia de Biodiversidade da EU para 2030, nomeadamente no que diz respeito à meta de proteger legalmente o mínimo de 30% do território terrestre, fornecendo ainda informação relevante para o Cadastro Nacional de Valores Naturais Classificados, principalmente no que diz respeito à designação de novas áreas de conservação.

Este estudo decorreu entre 2023 e 2024, incidindo no conhecimento da flora local existente numa área perto da localidade de Covões, com especial foco em duas espécies de flora ameaçadas, tendo sido realizado o seu estudo demográfico e o levantamento das suas comunidades vegetais. A tese resultante enquadra ainda uma Ficha de Sítio da área a proteger (Cabeceira do Boco).

O Município de Cantanhede, no âmbito da sua aposta na conservação do património natural, à luz dos princípios da sustentabilidade ambiental que tem vindo a promover a diversos níveis, tem demonstrado o maior interesse em aprofundar investigações deste género, no sentido de melhorar o conhecimento existente sobre esta temática, o que poderá eventualmente culminar na criação de uma Reserva Natural de Âmbito Local.

Entretanto, está a proceder à definição de estratégias de conservação de espécies de flora e fauna de importância comunitária que já foram identificadas no concelho.