A Biblioteca Municipal de Cantanhede recebe no próximo mês de outubro a exposição "Uma Vida a Fazer Lei", uma homenagem a Branquinho da Fonseca. Nascido em Mortágua, a 4 de maio de 1905, Branquinho da Fonseca (António José Branquinho da Fonseca) foi uma figura marcante na literatura e na cultura portuguesa, destacando-se como escritor, poeta, dramaturgo e multifacetado artista, com incursões na fotografia, desenho, cinema e design gráfico.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, exerceu funções como conservador do Registo Civil e do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, em Cascais. No entanto, foi na área das bibliotecas que Branquinho da Fonseca deixou um legado duradouro. Em 1958, idealizou e dirigiu o Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, promovendo o acesso aos livros em regiões isoladas de Portugal. Este projeto pioneiro expandiu a leitura pública e aproximou os livros das comunidades distantes dos grandes centros urbanos.
A exposição itinerante, que chegará a Cantanhede, celebra a vida e obra deste grande intelectual e patrono da Biblioteca Municipal de Mortágua, destacando o seu contributo inestimável para a cultura e o acesso ao conhecimento em Portugal.