A exposição “A Cal no Universo de Carlos de Oliveira”, encontra-se patente ao público até ao próximo mês de janeiro no Museu da Pedra, após a reabertura no âmbito as obras de reabilitação a que este foi sujeito.Esta mostra procura caracterizar a atividade de fabrico artesanal da cal. Sendo um produto obtido através da cozedura e calcinação do calcário, utilizado tanto na agricultura como na construção, sobretudo para o fabrico de argamassas e adobos, é pela pena do escritor maior da Gândara, Carlos de Oliveira, nome vultoso do neorrealismo português, que se dão a conhecer as particularidades de um ofício único, indescritivelmente árduo, e que mobilizou parte significativa da mão obra da região até ao virar do milénio.De entrada é gratuita, a exposição “A Cal no Universo de Carlos de Oliveira” está patente neste equipamento cultural, de terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, e aos sábados, das 14h00 às 18h00. As visitas guiadas ao Museu da Pedra poderão ser agendadas através do telefone 231 423 730, ou do e-mail museudapedra@cm-cantanhede.ptA exposição apresenta várias imagens relacionadas com o fabrico da cal desde a sua cozedura até às variadíssimas utilizações, particularmente a sua importância na indústria caleira sua cozedura, afirmando-se como uma das principais atividades do concelho durante o sec. XIX e grande parte do séc. XX. Durante este período, o comércio da cal tornou-se um considerável proveito financeiro, colocando Cantanhede como um dos principais fornecedores desta matéria-prima, em Portugal.Utilizando para o efeito os meios de transporte existentes, inicialmente carros de bois, passando depois para os caminhos de ferro e mais tarde para os veículos motorizados pesados, os comerciantes faziam chegar aos locais mais recônditos, a mais branca cal de Cantanhede.