No próximo dia 24 de janeiro, Dia Internacional da Educação, os museus da saúde estarão reunidos na Tocha (Cantanhede) para uma reflexão conjunta sobre o papel a desempenhar por estes museus nos diversos ecossistemas em que desenvolvem a sua missão social e educativa e no âmbito da estratégia e objetivos enunciados no Plano Nacional de Literacia em Saúde 2023-2030, que foi anunciado em junho do ano passado pela Direção-Geral da Saúde.Os museus com temáticas da saúde são promotores de educação ao longo da vida, e enquanto agentes de mobilização social, nos mais variados públicos, têm estimulado diversas competências no domínio da literacia em saúde, nomeadamente através da reflexão focada no diálogo passado, presente e futuro. Nesse sentido, tornam-se espaços de referência na promoção da saúde e do bem-estar das comunidades em que se inserem. O evento, promovido pelo Núcleo Museológico do Hospital Colónia Rovisco Pais terá lugar no auditório da Unidade de Cuidados Continuados do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais e tem início previsto para as 11 horas com a sessão de boas vindas presidida pelo Professor Doutor Alexandre Lourenço, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Coimbra, seguida da palestra inaugural intitulada “Museus para a harmonia social: a literacia em saúde, a arte e a reabilitação” proferida pela Professora Doutora Cristina Vaz de Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. O programa prosseguirá ainda, no período da manhã, com a visita guiada ao Núcleo Museológico do Hospital Colónia Rovisco Pais pela curadora, Dr.ª Cristina Nogueira, da CulturAge. À tarde, terão lugar as intervenções dos diversos museus da saúde e respetivos espaços de debate. Os trabalhos terminarão com um balanço das principais conclusões desta reflexão apresentado pela Dr.ª Isabel Bento, da Unidade Local de Saúde de Coimbra. Estarão presentes representantes do Museu da Saúde, do Museu da Farmácia, do Museu do Centro Hospitalar do Porto, do Museu do Hospital e das Caldas, do Gabinete do Património Cultural do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, do Museu Maximiano Lemos, do Museu Egas Moniz, do Museu da Ordem Hospitaleira de São João de Deus, do Núcleo Museológico da Escola Superior de Enfermagem do Porto, do Museu do Lactário e do futuro Skope – Museu de Medicina e Saúde.A iniciativa pretende fomentar a reflexão sobre o papel a desempenhar pelos museus da saúde no domínio da literacia em saúde, quer como parceiros, quer como dinamizadores de projetos neste domínio. E, simultaneamente, colocar em evidência o valor pedagógico e social que as lições da história e o conhecimento do património da saúde podem ter como potenciadores do conhecimento e do entendimento dos cidadãos em questões de saúde.O programa pode ser consultado em https://www.hansen-stories.pt/noticias/ As inscrições são gratuitas e limitadas e podem ser efetuadas AQUI ou 231440966 | secretariado@roviscopais.min-saude.ptRecorde-se que o Núcleo Museológico do Hospital Colónia Rovisco Pais abriu em 2021 no âmbito do Projeto de Salvaguarda e Revitalização do Património da última Leprosaria Nacional portuguesa (1947-1996), a aldeia terapêutica dedicada à assistência médico-social dos doentes com hanseníase. E que a criação deste espaço museológico, o único do género em Portugal, foi promovida pelo Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, que, presentemente integra a Unidade Local de Saúde de Coimbra, com o apoio da Sasakawa Health Foundation, instituição japonesa que trabalha com a Organização Mundial de Saúde para a erradicação da Doença de Hansen, e que é responsável pela promoção de iniciativas similares de preservação do património e da história associada à doença e pela criação de uma rede de museus similares em todo o mundo.