André Cabeças dominou Rally de Cantanhede

André Cabeças sucedeu a Jorge Santos na galeria de vencedores do Rally de Cantanhede / Marquês de Marialva, dominando a prova do princípio ao fim. Foi um triunfo sem mácula do piloto de Lisboa na penúltima prova Start Centro de Ralis, com Daniel Ferreira a vencer o campeonato e a Taça dos Campões de Ralis Regionais – Claudino Romeiro, e Tiago Pereira as Duas Rodas Motrizes (2RM).

Em termos organizativos, o resultado foi também muito positivo, muito por força da elevada adesão do público, abrindo-se, assim, boas perspetivas para que a 3.ª edição do rali seja uma realidade em 2025. Disso mesmo deu conta a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, no final da prova, congratulando-se com o facto de não terem existido problemas de segurança ao longo dos dois dias.

“A segurança é a espinha dorsal da organização e, por isso, estamos extremamente satisfeitos por tudo ter corrido bem. Não posso deixar de agradecer o trabalho da GNR, dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, mas também de todos os que se envolveram com entusiasmo nas juntas e uniões de freguesia do concelho. Deixo também uma palavra de apreço aos patrocinadores, sem os quais não seria possível ter uma prova com esta qualidade”, começou por referir.

Ainda de acordo com a autarca, o Rally de Cantanhede / Marquês de Marialva cumpriu dois objetivos: “por um lado, foi uma excelente jornada de propaganda da modalidade e mais um capítulo na promoção do desporto; por outro, reforçou a atratividade turística do nosso território, outra das apostas fortes da nossa estratégia municipal”.

Ainda que o balanço final ainda careça de outros dados, Helena Teodósio não esconde que a parceria com o Clube Automóvel do Centro tem sido “frutuosa”, o que leva a crer que a prova reúne condições para cimentar-se como uma das mais importantes no plano nacional.

Também o vencedor André Cabeças se congratulou com a vitória, destacando a rapidez dos troços, o que lhe permitiu ganhar uma margem de avanço significativa no primeiro dia.

O lisboeta apenas cedeu na incursão pela dupla passagem por Covões-Rota do Leitão para Jorge Santos e Vítor Hugo, com a dupla do Alpine A1 10 a abdicar da prova na penúltima especial – terceira passagem por Olhos de Fervença-Rota da Água - com uma avaria na viatura da marca francesa quando seguia no segundo lugar.

Indiferentes a este contratempo continuaram André Cabeças e Miguel Castro que voltaram a ganhar as duas últimas especiais, fechando com chave de ouro o Rally de Cantanhede / Marquês de Marialva, com o tempo total de 47m25,5s, deixando os segundos classificados, na circunstância Paulo Carvalheiro e Dércio Carvalheiro, a 55,3 segundos.

O piloto da Paulcar está cada vez mais familiarizado com o Porsche 911 GT3 Cup, até porque a competição apoiada pelo Município de Cantanhede “casa” na perfeição com as caraterísticas da viatura alemã.

António Cruz Monteiro e Ana Criz Monteiro, em Peugeot 206 T16, terminaram a odisseia cantanhedense na terceira posição, a 1m46,2s dos vencedores. Contudo, os irmãos de Leiria nunca baixaram os braços e, a espaços, sobretudo na fase inicial do Rally, foram deixando um perfume de eficácia com a viatura da marca francesa do “leão” preparada por FilipeSport.

Quem também nunca oscilou foi, sem margem para dúvida, Daniel Ferreira e Tiago Silva. A dupla do Mitsubishi Carisma GT ocupou a quarta posição, a 2m31,3s dos vencedores, mas levou para casa o título do Campeonato Start Centro de Ralis e a vitória da Taça dos Campões de Ralis Regionais – Claudino Romeiro.

Na quinta posição terminaram Tiago Pereira e Fernando Pereira, em Citroën C2 R2, 2m38,0s – deixando a cidade de Cantanhede com a vitória nas Duas Rodas Motrizes. O leiriense Hélder Cordeiro, navegado por Brimo Pereira, conduziu o BMW M3 E46 ao sexto posto, a 3m55,4s do topo da classificação geral.
Referência obrigatória para a participação da única dupla feminina presente no Rally de Cantanhede / Marquês de Marialva. Aos comandos de um Peugeot 206 GTI, Daniela Barata, de Góis, navegada por Liliana Costa, encerrou a prova na 19.ª posição, num universo de 22 equipas que chegaram ao fim.