A secção 23 da Rota da Costa Atlântica da EuroVelo, entre Mira, Praia da Tocha e Figueira da Foz, foi inaugurado no passado sábado, 24 de maio, com pompa e circunstância, com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, entre outras entidades.Na cerimónia que assinalou o acontecimento na Praia da Tocha, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio enfatizou “a importância da função que o novo troço ciclável desempenha ao serviço de um turismo mais sustentável e mais ligado à descoberta dos territórios, das paisagens e da autenticidade das comunidades. Trata-se de um percurso que coloca Cantanhede no mapa europeu do cicloturismo, favorecendo a vinda de visitantes de um segmento turístico em franco crescimento”, disse a autarca, sublinhando que “representa por isso mais oportunidades para os agentes económicos do setor, seja na restauração, na hotelaria, na animação turística e no comércio local”.Segundo Helena Teodósio, a nova rota ciclável é também um caminho para quem cá vive, um caminho de redescoberta do território litoral de Cantanhede, Figueira da Foz e Mira, para os jovens, para as famílias, para os seniores que podem e devem usufruir dele regularmente em experiências de recreio ativo”.Depois da degustação dos sabores da região no CIAX - Centro de Interpretação de Arte Xávega da Praia da Tocha, a jornada de inauguração da EuroVelo terminou na Figueira da Foz, onde aos convidados institucionais se juntaram os 150 ciclistas que completaram o percurso iniciado na Praia de Mira.No encerramento do evento, o secretário de Estado do Turismo afirmou que, com a abertura da EuroVelo “estamos a assistir àquela que é uma das condições primeiras que a indústria do turismo deve dar a Portugal: dinamizar as comunidades, promover o seu desenvolvimento, estimular a consolidação de fluxos turísticos e contribuir para a intensificação das operações turísticas e o aumento das receitas”.Para o presidente da CIM – Região de Coimbra, Emílio Torrão, “este tipo de mobilidade, a mobilidade verde, é muito importante, cada vez mais se vê em Portugal e no Estrangeiro mais adeptos desta forma de fazer turismo”. Por isso, adiantou o também presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, “deixo o desafio para que se conclua a ciclovia do Mondego e as outras ciclovias que temos em plano, porque na verdade este é um futuro muito apetecível, para os agentes turísticos, para os empreendedores locais, para os comerciantes”.Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo do Cento, assinalou “as duas dimensões da infraestrutura, uma ao serviço das populações, da comunidade local, e outra que tem a ver com a sua potencialidade imensa ao nível daquilo que é o turismo”, sublinhando que “dos milhares de quilómetros do EuroVelo em toda a Europa, os troços da Região Centro são sem dúvida os mais bonitos.Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, “é muito bom ouvir falar das paisagens da Figueira, de Cantanhede e de Mira, terras de água, de lagoas, de rios, de mar, por onde passam os troços mais bonitos da EuroVelo. Para nós é um motivo de orgulho inaugurarmos uma rota que une territórios com paisagens que todos nós temos obrigação de valorizar e promover”.Aquela responsável lembrou ainda a candidatura submetida pela Turismo do Centro para dinamização dos territórios por onde passa a Eurovelo, uma candidatura incentivada pela CIM – Região de Coimbra e que foi construída com a ajuda dos privados, que são quem sabe como tirar partido da desta infraestrutura. “No fundo, é isso que todos queremos, pois quanto mais dinheiro gerar a operação turística, mais dinheiro fica no território e maior é o retorno do investimento realizado”, referiu.EuroVelo designa a Rede Europeia de Ciclovias, projeto da Federação Europeia de Ciclistas para desenvolver 16 rotas cicláveis de longa distância cruzando todo o continente europeu.