Primeiro período escolar com balanço muito positivo no Município de Cantanhede

Face às condições especialmente adversas que foi necessário contornar devido à pandemia de Covid-19, o balanço da atividade escolar no Município de Cantanhede no primeiro período é extremamente positivo, tendo superado claramente as expetativas da generalidade dos agentes educativos”. Esta é a principal conclusão extraída da reunião de avaliação realizada para o efeito, com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, da delegada de Saúde, Rosa Monteiro, dos diretores dos agrupamentos de escolas Lima de Faria, Marquês de Marialva e Gândara Mar, respetivamente José Soares, Fátima Simões e João Gomes, bem como do diretor da Escola Técnico-Profissional de Cantanhede, Carlos Sousa.

A cultura de prevenção e as medidas implementadas nos estabelecimentos de ensino, sem se ter cedido ao alarmismo, geraram as condições de confiança desejáveis para o sucesso educativo”, concluíram aqueles responsáveis, alertando, no entanto, para “a necessidade de haver uma atenção acrescida no retomar das atividades letivas do segundo período, cumprindo e fazendo cumprir, se possível ainda com maior rigor, as normas de segurança”.

Pedro Cardoso, assinalou ainda “o bom resultado das estratégias adotadas e do trabalho conjunto”, destacando a propósito “o papel importantíssimo dos professores, educadores e pessoal auxiliar, que nunca baixaram a guarda, e mesmo sujeitando-se a riscos, cumpriram exemplarmente a sua função, convictos de que o ensino presencial é a melhor forma de combater o aumento das desigualdades que o ensino à distância tende a acentuar”.

O vice-presidente da Câmara Municipal lembrou ainda que, “perante o cenário de setembro, quando muitos vaticinavam o encerramento das escolas após duas ou três semanas, felizmente foi possível contornar as dificuldades com uma gestão adequada das situações, processo em que as escolas e respetivas direções souberam estar à altura das exigências.  Foram de facto inexcedíveis, quer na especialmente difícil tarefa de reorganização dos espaços escolares, de modo a serem escrupulosamente cumpridas as orientações da Direção Geral de Saúde, quer fazendo respeitar as medidas de distanciamento físico, higiene das mãos, utilização de máscara e etiqueta respiratória, quer ainda na definição dos planos de contingência e dos fluxos de comunicação quer com a delegada de Saúde quer no âmbito das comunidades educativas”, sublinhou.

Para o autarca responsável pelo sector da educação, “a promoção de comportamentos preventivos, a articulação e cooperação entre as diferentes entidades, a mobilização da comunidade escolar para a sua prática e a organização de mecanismos de controlo das cadeias de transmissão continuam a merecer a maior atenção e empenho de todos para ver se conseguimos de novo no segundo período não ter nenhum surto”.

Também abordada na reunião foi a necessidade de se agilizarem mecanismos tendentes a evitar a proliferação de fake news ou exageros potencialmente geradores de alarmismo, o que deverá passar pelo reforço dos canais de comunicação através de interlocutores de referência entre os diferentes agentes da comunidade educativa, processo em que a delegada de Saúde, aquando da identificação de um caso de Covid-19 suspeito e/ou confirmado, tem tido um papel crucial. Foram ainda simulados vários exercícios de antecipação dos diferentes cenários que podem ocorrer no contexto escolar, para sinalizar algumas fragilidades nos mecanismos de comunicação.