Os titulares dos órgãos do Município de Cantanhede eleitos em 26 de setembro tomaram posse em 16 de outubro, no âmbito de uma sessão que teve de ser transferida do salão nobre para o recinto em frente dos Paços do Concelho. Esta foi a solução encontrada para acomodar todos quantos quiseram assistir à investidura de Helena Teodósio e demais elementos do executivo camarário, do qual fazem parte Pedro Cardoso, Fernando Pais Alves, Célia Simões e Adérito Machado, pelo Partido Social Democrata (PSD), e Cristina de Jesus e Carlos Sérgio Negrão, pelo Partido Socialista (PS).Na assistência encontravam-se representantes de diversas entidades e os presidentes recém-eleitos das Câmaras Municipais de Figueira da Foz, Mealhada, Mêda e Vila Nova de Poiares, respetivamente Pedro Santana Lopes, António Jorge Franco, João Mourato e João Henriques, e ainda o presidente cessante do Município de Mortágua, Júlio Norte.Momento alto da cerimónia foi também a instalação da Assembleia Municipal, com o juramento dos eleitos, a que se seguiu a subida ao palco dos presidentes da junta para assinarem da lista da composição do órgão deliberativo de que também fazem parte por inerência de funções.No discurso de tomada de posse, a reeleita presidente da Câmara Municipal começou por “saudar todos os munícipes do concelho de Cantanhede, ou seja, todos os que na prática estão representados nesta cerimónia que confere carácter institucional à vontade coletiva expressa nas eleições do passado dia 26 de setembro. É para mim muito importante dar nota disso, no sentido em que considero que o fundamento desta sessão reside exclusivamente na responsabilização daqueles que aqui tomaram posse, a começar por mim própria”, disse a autarca.Referindo-se ao respeito e lealdade como “valores fundamentais que estiveram sempre presentes no relacionamento com as pessoas e as instituições durante o anterior mandato”, Helena Teodósio declarou ter-se “sentido sempre retribuída pelo menos na mesma medida” do que procurou dar e manifestou-se “determinada a manter essa postura nos próximos quatro anos”.Depois de enaltecer “a assertividade e a dignidade com que o Presidente da Assembleia Municipal, João Moura, assegurou a condução das reuniões plenárias”, a líder do executivo camarário cantanhedense destacou “a participação empenhada de todos os deputados e presidentes de Junta nos processos de tomada de decisão no órgão deliberativo do Município. Houve sempre, como se esperava que houvesse, um intenso debate político na Assembleia Municipal, mas vale a pena enfatizar a elevação com que esse debate decorreu e, melhor ainda, os consensos que foi possível gerar na maioria dos dossiês estruturantes”, afirmou.No balanço do mandato “marcado por grandes adversidades, nomeadamente o grande incêndio de 2017, o furacão Leslie em 2018 e sobretudo a pandemia de Covid-19 desde o início de 2020”, a autarca declarou que “as contas foram mantidas no registo certo e houve avanços muito significativos ao nível da consolidação do processo de desenvolvimento económico e social do concelho”. E a este propósito adiantou dois dados que considera muito significativos: “Nos últimos quatro anos, passou a haver no concelho mais 137 empresas, muitas delas industriais e, mais importante ainda, algumas em setores de elevado valor acrescentado, tendo o salário médio mensal dos trabalhadores de todo o território aumentado de 973 euros para cerca de 1100 euros, o que reflete uma melhoria efetiva quanto ao principal fator que concorre para a elevação dos padrões de qualidade de vida das pessoas e a pujança das comunidades”.Quanto ao programa do novo mandato, ele “foi construído numa lógica integrada, articulando as respostas ambiciosas para os diferentes setores da população, respostas voltadas para o reforço da coesão territorial e a crescente melhoria da qualidade de vida dos munícipes de todas as gerações, dinamizando ainda mais a cooperação com todas as forças vivas do concelho das Juntas de Freguesia às escolas e das às IPSS às associações culturais e desportivas, sem esquecer o investimento nos fatores favoráveis à atividade das empresas”.Para execução do projeto sufragado nas eleições de 26 de setembro a presidente da Câmara Municipal conta com “o apoio uma equipa muito forte e muito unida em torno de um ideal de desenvolvimento, com a lealdade institucional da Assembleia Municipal e das Juntas e Assembleias de Freguesia, bem como com a extrema dedicação e profissionalismo do maior ativo do Município, o seu capital humano, que será, como sempre, um fator determinante no incremento de dinâmicas vantajosas para os munícipes e para as organizações”.