D. João Crisóstomo de Amorim Pessoa
Bispo em Cabo Verde e Goa e Arcebispo de Braga
1810-1888
D. João Crisóstomo nasceu em Cantanhede, a 14 de outubro de 1810, no seio de uma família de comerciantes, João Dias Pessoa e Francisca Inácia de Jesus Gomes Murta. Estudou Latim na sua terra com o padre Sorrilhas de Campos e, a partir de 1826, passou por vários conventos, entre os quais o de Santo António, em Cantanhede, e os homónimos da Sertã e de Lisboa, em cujo colégio estudou Filosofia Racional e Moral, Geometria e Princípios de Física, além do de Pedreira, em Coimbra, onde completou os estudos teológicos. Por essa altura, Portugal enfrentava a questão da sucessão ao trono, precipitada com a outorga da Carta Constitucional por D. Pedro IV, a usurpação por D. Miguel e a guerra civil entre 1832-1834.
Com a vitória dos liberais e a extinção das ordens religiosas masculinas, D. João Crisóstomo enfrentou sérias dificuldades, perante as quais se valeu das suas excecionais qualidades de oratória. Na Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra obteve o grau de Doutor em Teologia em 1850, foi prior de várias igrejas, entre as quais a de Cantanhede, de cujo círculo foi procurador à Junta Geral do Distrito, tendo sido nomeado professor do Seminário Episcopal de Coimbra em 1856. Em 1859, foi nomeado Bispo de Cabo Verde e, no ano seguinte, de Goa, numa carreira eclesiástica que culminou com a sua nomeação para dirigir o Arcebispado de Braga em 1876, tendo resignado em 1882.
Retirou-se para a sua quinta na localidade bracarense de Cabanas, onde veio a falecer, seis anos depois.
O seu túmulo encontra-se na Igreja da Misericórdia de Cantanhede. Sendo um arcebispo dado à beneficência, doou os seus bens aos irmãos e à caridade, tendo instituído por herdeira a Irmandade da Misericórdia de Cantanhede, com obrigação do enterro, de fundar um hospital para os pobres e de estabelecer uma cadeira de gramática Latina e Francesa.
Além da sua atividade pastoral e reformadora, a presença de D. João Crisóstomo no Oriente foi marcada pela redação da Memória sobre o Real Padroado Português nas Províncias Ultramarinas, redigida em 1870. É manifesto este espírito reformador e cultural nas diversas e relevantes bibliotecas que ajudou a edificar.
Foi professor, tradutor, jornalista e escritor. Augusto Abelaira ocupa desde há muito um lugar de primeiro plano na moderna literatura portuguesa.
Figura marcante da literatura nacional da 2ª metade do século XX. Nasceu em Belém do Pará, Brasil, em 1921, mas veio residir para a Camarneira e posteriormente para Febres aos dois anos, onde seu pai exerceu medicina.
Poeta, dramaturgo, médico, soldado, deputado, político, jornalista, pedagogo e historiador, foi uma das figuras mais fecundas de Portugal e do Brasil.
Arcebispo de Goa e de Braga, desenvolveu uma actividade de grande mérito intelectual, religioso e beneficiente.
Para além de exímio pianista, foi um compositor precoce, considerado pelos críticos da época como um dos mais poderosos talentos da sua geração. Seguramente um dos maiores compositores portugueses de sempre se a morte não o tivesse levado aos 21 anos.
Um dos mais importantes vultos da Restauração de 1640, tendo-se notabilizado no comando das tropas portuguesas nas batalhas das Linhas de Elvas e Montes Claros, que impediram a entrada dos exércitos castelhanos em território nacional.
Residente em Pocariça durante cerca de três décadas, aí produziu obra prolífica que não só lhe dá lugar entre os cultores da pintura naturalista, como revela peças imprescindíveis para o conhecimento de paisagens, tipos e usos da região.
Nascido em terras de Cantanhede, Pedro Teixeira partiu para o Brasil em 1607, onde viria a distinguir-se na expulsão dos franceses do Maranhão e no comando dos portugueses contra as tentativas de ocupação holandesa e inglesa.