Maria Amélia de Magalhães Carneiro
Pintora
1883-1970
Maria Amélia de Magalhães Carneiro nasceu no Porto, a 2 de março de 1883. Era sobrinha-neta do poeta ultra-romântico António Pinheiro Caldas (1824 – 1877) e prima do artista plástico e professor António Carneiro (1872-1930).
Entre 1898 e 1900, Maria Amélia frequentou o Curso de Desenho Histórico da Academia Portuense de Belas Artes, atualmente Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, tendo sido aluna do mestre José de Brito. Foi uma das primeiras mulheres a estudar naquela academia. Em 1901, prosseguiu os estudos no ateliê de Júlio Costa e, 10 anos depois, na sequência da morte do pai, mudou-se para a Pocariça, onde residiu até ao início da década de 1940. Foi aí que, paralelamente à sua atividade como pintora, organizou cursos de desenho e pintura na localidade onde vivia e também em Cantanhede e Coimbra.
Nas suas telas, retratou as aldeias gandaresas do concelho de Cantanhede, em especial a Pocariça, mas também Cadima e Varziela, através dos rostos, dos trajes típicos gandareses, dos interiores das casas rústicas e seus pátios, das paisagens, caminhos, campos, eiras e faina agrícola. Em 1941, regressou ao Porto, onde se aposentou, em 1960, depois de duas décadas a pintar e a trabalhar como professora
de artes plásticas. Para além da pintura a óleo, desenhou a carvão e sanguínea.
O quadro intitulado Cabeça de Aldeã (1929) integra hoje o acervo do Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto. Entre 1910 e 1960 participou em exposições individuais e coletivas no Porto, nomeadamente no Salão Silva Porto, em instituições como a Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, e ainda em Coimbra, Viseu e Estoril.
Morreu no Porto em 19 de fevereiro de 1970.
Maria Amélia Carneiro contribuiu de forma marcante para a sensibilização cultural e a educação artística das camadas mais jovens do concelho de Cantanhede.
A casa-ateliê em que residiu na Pocariça e onde lecionou cursos de desenho e de pintura foi a primeira escola de arte do concelho.
Foi professor, tradutor, jornalista e escritor. Augusto Abelaira ocupa desde há muito um lugar de primeiro plano na moderna literatura portuguesa.
Figura marcante da literatura nacional da 2ª metade do século XX. Nasceu em Belém do Pará, Brasil, em 1921, mas veio residir para a Camarneira e posteriormente para Febres aos dois anos, onde seu pai exerceu medicina.
Poeta, dramaturgo, médico, soldado, deputado, político, jornalista, pedagogo e historiador, foi uma das figuras mais fecundas de Portugal e do Brasil.
Arcebispo de Goa e de Braga, desenvolveu uma actividade de grande mérito intelectual, religioso e beneficiente.
Para além de exímio pianista, foi um compositor precoce, considerado pelos críticos da época como um dos mais poderosos talentos da sua geração. Seguramente um dos maiores compositores portugueses de sempre se a morte não o tivesse levado aos 21 anos.
Um dos mais importantes vultos da Restauração de 1640, tendo-se notabilizado no comando das tropas portuguesas nas batalhas das Linhas de Elvas e Montes Claros, que impediram a entrada dos exércitos castelhanos em território nacional.
Residente em Pocariça durante cerca de três décadas, aí produziu obra prolífica que não só lhe dá lugar entre os cultores da pintura naturalista, como revela peças imprescindíveis para o conhecimento de paisagens, tipos e usos da região.
Nascido em terras de Cantanhede, Pedro Teixeira partiu para o Brasil em 1607, onde viria a distinguir-se na expulsão dos franceses do Maranhão e no comando dos portugueses contra as tentativas de ocupação holandesa e inglesa.