Carlos de Oliveira viveu no concelho de Cantanhede, inicialmente na Camarneira e depois em Febres, onde o seu pai exerceu medicina durante muitos anos, precisamente na casa que é atualmente um equipamento cultural dedicado à dinamização de atividades em torno da vida e obra do escritor. Este espaço museológico contempla um considerável espólio doado ao Município de Cantanhede, constituído por mobiliário, uma significativa parte da sua biblioteca pessoal, algumas manifestações artísticas no âmbito da pintura, uma sala dedicada à multimédia, bem como um conjunto de painéis resultante do programa Rota dos Escritores do século XX, cujo ponto de partida são textos de Carlos de Oliveira, que se reportam a várias temáticas identitárias da região da Gândara.Autor marcante do neorrealismo português e um dos mais importantes nomes da literatura portuguesa da segunda metade do século passado, Carlos de Oliveira tem na Gândara o universo referencial da sua ficção e de parte substancial da sua poesia. Segundo alguns especialistas, a região gandaresa surge na obra ficcional e poética não apenas como simples contexto geográfico, mas como “a raiz, o cerne e a substância do próprio discurso literário”.Visita gratuita mas requer marcação prévia.
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